OPINIÃO: os games e a vacinação | Felipe Tedesco Orlandi
Talvez fosse improvável pensar nisso, mas quem vive o mundo dos games está habituado a utilizar mecanismos de defesa contra usuários maldosos ou que buscam trapacear o jogo a fim de obter vantagem sobre os […]
há 2 anos atrás

Talvez fosse improvável pensar nisso, mas quem vive o mundo dos games está habituado a utilizar mecanismos de defesa contra usuários maldosos ou que buscam trapacear o jogo a fim de obter vantagem sobre os demais jogadores. Tal mecanismo é chamado de Anti-cheat (anti-trapaça – tradução própria).
O funcionamento é de entendimento simples: o usuário precisa instalar o Anti-cheat em sua máquina; normalmente ativa o programa previamente ao ingresso no jogo; assim que executar o game, caso haja algum programa de trapaça, o Anti-cheat o identifica e impede a finalização da execução do jogo ou em alguns casos, procede com o bloqueio do endereço da máquina do trapaceiro.
Podemos trazer essa ideia para o mundo real. Afinal, por que deixamos de nos vacinar, não só por conta da pandemia do Covid-19, mas por tantas outras doenças e campanhas anti-vacinas?
Em sua maioria, as vacinas são feitas com o vírus incubado ou inativo, para que as células do nosso corpo produzam os anti-corpos. Apesar de o funcionamento não ser idêntico aos games, as vacinas tem o mesmo objetivo, ou seja, minimizar a ocorrência de causas que alterem o bom andamento da diversão ou da própria vida.
Assim como as vacinas, os Anti-cheats evoluem dia-a-dia, buscando o bloqueio total de cada evolução dos trapaceiros (doenças). Entretanto, para garantir o melhor rendimento deles é preciso que todos usuários o utilizem, a fim de promover o equilíbrio nas condições de jogo.
A vacinação integral da população é uma necessidade atual e acredito que a aplicação em toda população transcende os critérios religiosos, filosóficos e política, a fim de promover um bloqueio da evolução do vírus, assim como nos games a evolução das trapaças gera atualização do Anti-cheat, o que também acontece na vacinação a cada ano, como exemplo a da “gripe”.
Fotos: Pixabay

Felipe Tedesco Orlandi é advogado estabelecido na cidade de Garibaldi. Amante de um bom vinho e de boas conversas, Orlandi contribui trazendo leveza em seu conteúdo, apresentando textos que abordam assuntos relevantes e que influenciam no desenvolvimento e convívio da sociedade.
“Acredito que a melhor maneira de haver crescimento intelectual e humano de uma sociedade passa pela informação, devendo ser ela prestada com clareza e analisando os mais diversos pontos existentes de uma discussão. Pretendo aqui contribuir com minha expertise para essa devida finalidade.”